domingo, 22 de maio de 2011

Relatório da entrevista de beatriz Góis no vídeo apresentado em sala de aula





No dia 16 de maio de 2011, nós, alunos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) do curso de história-licenciatura, da matéria História de Sergipe I, através do vídeo colocado pelo professor Dr. Antônio Lindvaldo de Sousa pudemos assistir a uma entrevista  da professora Beatriz Góis Dantas .                        De início Beatriz faz uma trajetória da sua vida profissional, Mestra em Antropologia, pesquisadora, escritora e palestrante, é formada em Geografia e História (antes faziam parte apenas de um só curso) pela faculdade Católica de Filosofia de Sergipe, ensinou durante Décadas na UFS, desenvolvendo pesquisas na área do artesanato, etnohistória  indígena, folclore e cultos Afro-brasileiros.                                                                                                                                Algumas dessas pesquisas resultaram em livros como A Taieira de Sergipe, que retrata a dança tradicional de Laranjeiras, Terras dos índios Xocó,Vovó Nagô e Papai Branco(editado em inglês),além de participar em obras coletivas como Caminhos da Alma,História dos índios no Brasil,Candomblé desvendando identidades  e o livro os Texto para a História de Sergipe,fundamental para a sua carreira acadêmica.                                                                                                                                          Beatriz sempre teve como foco central de suas pesquisas Sergipe, ultimamente publicou no ramo do artesanato, Rendas e rendeiras no São Francisco - estudos e documentos sobre a renda de bilro de Poço Redondo, mesmo depois de aposentada ensinou no programa de qualificação de professores no pólo de Lagarto.                                                                                                                                                    Ao longo da entrevista Beatriz explica que o tema dos índios de Sergipe esteve presente muito cedo em sua vida, pois os alunos sempre se perguntavam o que havia acontecido com esses índios até porque na bibliografia da época não havia respostas e para ela era uma questão bastante desafiadora, dessa forma ela e os alunos partiram para os arquivos sendo uma atividade insana, mas que através dos entusiasmos dos alunos em descobrir as coisas fazia com que a atividade se torna prazerosa. O grande propósito dessas pesquisas era escrever histórias sobre as aldeias pertencentes aquela época, pois se haviam aldeias o que teria acontecido com a população do século XIX?                                                                                Inicialmente Beatriz escreveu várias monografias sobre as aldeias, como a de Água Azeda, de Geru ,Pacatuba,Porto da folha e etc.. Que resultaram no capítulo do livro textos para a História de Sergipe, a sua pesquisa sobre os índios fazia com que o próprio índio fosse o objeto de estudo, e essa documentação terminou servindo de abstrato a uma luta que surge no final dos anos 70 por uma retomada das terras do aldeamento pela população da ilha de São Pedro além de conseguirem o reconhecimento dos antigos índios Xocó pela FUNAI.                                                                                                                               Outra vertente abordada por Beatriz na entrevista são os instrumentos de pesquisa, que são os livros que reúnem a documentação sobre os índios, diferentes das monografias e artigos que são usados para a argumentação, esses livros tomam como objeto de trabalho os próprios documentos. Para Beatriz esses instrumentos de pesquisa são o tipo de trabalho ingrato, porque ele exige muito esforço, emprego de tempo e ele não lhe dar notoriedade acaba apenas subsidiando o trabalho dos outros além de dificilmente ser publicado. Para Beatriz o campo de estudo dos índios é um campo aberto a investigação e exige ainda muita pesquisa, ’’ esses instrumentos podem auxiliar bastante os pesquisadores, que se quer  fazem uma alusão a eles” crítica apresentada por Beatriz no vídeo ,e apesar de dizer que são ingratos,esses instrumentos de pesquisa também são generosos pois abrem pistas para a geração de novos pesquisadores.É dessa forma que o vídeo se encerra ,e é importante frisar que o vídeo contribui bastante com os assuntos abordados em sala de aula,pois Beatriz contribui para os estudos da cultura e dos costumes do povo sergipano,agradecemos esse vídeo ao nosso professor e Dr. Antonio Lindvaldo Sousa por usá-lo na sua metodologia  de ensino.
                                         22/05/2011
                            Gladston Passos
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