Relatório do
seminário sobre alimentos e manifestações culturais tradicionais
*Gladston Oliveira dos
Passos
Do dia 21 a 23 de maio de 2012,
foi realizado o I seminário sobre alimentos e manifestações culturais
tradicionais na Universidade federal de Sergipe, o objetivo do evento foi
refletir sobre os desafios que estão sendo vivenciados para a manutenção da
produção de diversos alimentos tradicionais e de outras manifestações culturais
na contemporaneidade, como também discutir o papel da pesquisa e do ensino a
partir de novas metodologias e da valorização desta temática como objetos de
estudo, compreendidos como essenciais nas últimas décadas.
No
primeiro dia do evento, coordenado pela Prof.Dr. Sônia de Souza Mendonça
Menezes, aconteceu à solenidade de abertura, com o Prof.Dr. Genésio José dos
Santos (chefe do departamento de geografia), Cristiane Alcântara (coordenadora
do núcleo de turismo) José Aluísio da Costa (coordenador da pós graduação de
geografia) Antônio Carlos (Professor e presidente da ADUFS) e Sônia, que já foi
citada. Houve os agradecimentos, logo depois a Prof. Sônia falou sobre a
criação do GRUPAM, e a dimensão do evento, que começou como um evento local e
tomou uma dimensão nacional, foram enviados mais de setenta trabalhos para o
evento.
Logo em
seguida, foi iniciada a conferência, com o tema: O papel da pesquisa e do
ensino na valorização dos alimentos e demais manifestações culturais
tradicionais na contemporaneidade, a conferencista foi a professora Dr. Da UNB
,Ellen fensterseifer Woortmann, Ellen iniciou sua fala com o rigor e a rigidez
na pesquisa, para ela é preciso manter o rigor da pesquisa, porém trazer
contribuições de outras áreas, havendo uma profundidade de produção. Ellen
abordou as práticas alimentares que estão em desuso, pois muita das vezes a
matéria prima não existe. As festas foi outro aspecto citado, onde as mesmas
podem ser utilizadas como objeto de pesquisa, ela deu exemplo da festa do
reisado e retomou a dimensão da pesquisa, através da dinâmica de produção e o papel
a desempenhar.
No
segundo dia, o professor Dr. Antônio Lindvaldo abre as atividades da manhã
apresentando os palestrantes. O tema do segundo dia foi: O alimento como
manifestação cultural e reprodução social e econômica nos territórios. A
primeira a falar foi a professora Dra. Em geografia da Universidade estadual da
Bahia Luzinete Carvalho Dourado que tratou da relação do território com os
alimentos identitários na produção de uma cultura, os impactos imateriais da globalização, foi abordado o ciclo natural
da caatinga, estação seca\chuvosa e o
problema das políticas públicas para esse ciclo, a caatinga não pode ser
compreendida só como um espaço feio e
seco, Após as considerações finais, a segunda palestrante foi Fabiana Thomé da
cruz (engenheira de alimentos e doutoranda em desenvolvimento rural da UFRGS)
que citou o processo de industrialização como principal fator na mudança de
perfil dos alimentos produzidos artesanalmente, como também causou um aumento
da contaminação, ela abordou o consumo e produção de produtos artesanais quanto
a sua valorização, os saberes e fazeres desses produtores. A terceira
palestrante foi Maria de Fátima farias de lima (mestre em sociologia pela UFC e
pesquisadora do núcleo de pesquisa cultura e memória e do memorial da cultura
cearense), de início ela passou um vídeo do projeto comida Ceará, os municípios
pesquisados, técnicas culinárias etc... Ela atua no projeto comida Ceará, na
área de memória e explicou os objetivos do projeto. Abordou os desafios da
pesquisa de campo como o deslocamento, diversidade de contexto etc... Logo
depois foi aberto o debate, uma das questões foi a lógica do desaparecimento de
certas comidas tradicionais e o valor histórico que elas perpassam aos
indivíduos.
O
terceiro e último dia do evento, foi iniciado com o coordenador Christian Jean-
Marie Boudou se juntou a mesa com a presença : Célia Sales, Rosangela Pizza
Cintrão, Maria Mundim Vargas e Claúdia Marina Vasques, o tema do terceiro dia
foi : As políticas e os movimentos de valorização das manifestações culturais
no Brasil, a primeira palestrante foi professora Dra. Em geografia Maria
Augusta Mundim Vargas e abordou as políticas públicas e culturais na difícil interpenetração delas em
questão ao patrimônio natural, patrimônio material, imaterial, falou da
importância do IPHAN quanto a sua política de preservação do passado para a
proteção do futuro. A segunda palestrante Claúdia Marina Vasques representante
do IPHAN explicou a estrutura do mesmo, em separar as funções normativas em relação
ao patrimônio material do imaterial. A terceira palestrante Rosangela Pizza
Cintrão(doutoranda em desenvolvimento agricultura e sociedade da UFRJ) se
apresentou e Cênia explicou o conceito de Slow Food que é uma organização
gastronômica e falou sobre a importância da biodiversidade e dos produtos
tradicionais na pluralidade de coisas e serem feitas, do umbu se fazia somente
umbuzada, depois começou a fazer geléia, doce em calda, etc.. Logo em seguida
foi realizado o debate e as considerações finais, finalizando o evento.
*Acadêmico do curso de História licenciatura pela
Universidade Federal de Sergipe.
Fonte da imagem : http://eventogrupam.blogspot.com.br/
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