quarta-feira, 30 de maio de 2012

Relatório do seminário sobre alimentos e manifestações culturais tradicionais


Relatório do seminário sobre alimentos e manifestações culturais tradicionais

 
*Gladston Oliveira dos Passos


 
Do dia 21 a 23 de maio de 2012, foi realizado o I seminário sobre alimentos e manifestações culturais tradicionais na Universidade federal de Sergipe, o objetivo do evento foi refletir sobre os desafios que estão sendo vivenciados para a manutenção da produção de diversos alimentos tradicionais e de outras manifestações culturais na contemporaneidade, como também discutir o papel da pesquisa e do ensino a partir de novas metodologias e da valorização desta temática como objetos de estudo, compreendidos como essenciais nas últimas décadas.
                No primeiro dia do evento, coordenado pela Prof.Dr. Sônia de Souza Mendonça Menezes, aconteceu à solenidade de abertura, com o Prof.Dr. Genésio José dos Santos (chefe do departamento de geografia), Cristiane Alcântara (coordenadora do núcleo de turismo) José Aluísio da Costa (coordenador da pós graduação de geografia) Antônio Carlos (Professor e presidente da ADUFS) e Sônia, que já foi citada. Houve os agradecimentos, logo depois a Prof. Sônia falou sobre a criação do GRUPAM, e a dimensão do evento, que começou como um evento local e tomou uma dimensão nacional, foram enviados mais de setenta trabalhos para o evento.
                Logo em seguida, foi iniciada a conferência, com o tema: O papel da pesquisa e do ensino na valorização dos alimentos e demais manifestações culturais tradicionais na contemporaneidade, a conferencista foi a professora Dr. Da UNB ,Ellen fensterseifer Woortmann, Ellen iniciou sua fala com o rigor e a rigidez na pesquisa, para ela é preciso manter o rigor da pesquisa, porém trazer contribuições de outras áreas, havendo uma profundidade de produção. Ellen abordou as práticas alimentares que estão em desuso, pois muita das vezes a matéria prima não existe. As festas foi outro aspecto citado, onde as mesmas podem ser utilizadas como objeto de pesquisa, ela deu exemplo da festa do reisado e retomou a dimensão da pesquisa, através da dinâmica de produção e o papel a desempenhar.
                No segundo dia, o professor Dr. Antônio Lindvaldo abre as atividades da manhã apresentando os palestrantes. O tema do segundo dia foi: O alimento como manifestação cultural e reprodução social e econômica nos territórios. A primeira a falar foi a professora Dra. Em geografia da Universidade estadual da Bahia Luzinete Carvalho Dourado que tratou da relação do território com os alimentos identitários na produção de uma cultura, os impactos imateriais  da globalização, foi abordado o ciclo natural da caatinga, estação seca\chuvosa  e o problema das políticas públicas para esse ciclo, a caatinga não pode ser compreendida  só como um espaço feio e seco, Após as considerações finais, a segunda palestrante foi Fabiana Thomé da cruz (engenheira de alimentos e doutoranda em desenvolvimento rural da UFRGS) que citou o processo de industrialização como principal fator na mudança de perfil dos alimentos produzidos artesanalmente, como também causou um aumento da contaminação, ela abordou o consumo e produção de produtos artesanais quanto a sua valorização, os saberes e fazeres desses produtores. A terceira palestrante foi Maria de Fátima farias de lima (mestre em sociologia pela UFC e pesquisadora do núcleo de pesquisa cultura e memória e do memorial da cultura cearense), de início ela passou um vídeo do projeto comida Ceará, os municípios pesquisados, técnicas culinárias etc... Ela atua no projeto comida Ceará, na área de memória e explicou os objetivos do projeto. Abordou os desafios da pesquisa de campo como o deslocamento, diversidade de contexto etc... Logo depois foi aberto o debate, uma das questões foi a lógica do desaparecimento de certas comidas tradicionais e o valor histórico que elas perpassam aos indivíduos.
                O terceiro e último dia do evento, foi iniciado com o coordenador Christian Jean- Marie Boudou se juntou a mesa com a presença : Célia Sales, Rosangela Pizza Cintrão, Maria Mundim Vargas e Claúdia Marina Vasques, o tema do terceiro dia foi : As políticas e os movimentos de valorização das manifestações culturais no Brasil, a primeira palestrante foi professora Dra. Em geografia Maria Augusta Mundim Vargas e abordou as políticas públicas e  culturais na difícil interpenetração delas em questão ao patrimônio natural, patrimônio material, imaterial, falou da importância do IPHAN quanto a sua política de preservação do passado para a proteção do futuro. A segunda palestrante Claúdia Marina Vasques representante do IPHAN explicou a estrutura do mesmo, em separar as funções normativas em relação ao patrimônio material do imaterial. A terceira palestrante Rosangela Pizza Cintrão(doutoranda em desenvolvimento agricultura e sociedade da UFRJ) se apresentou e Cênia explicou o conceito de Slow Food que é uma organização gastronômica e falou sobre a importância da biodiversidade e dos produtos tradicionais na pluralidade de coisas e serem feitas, do umbu se fazia somente umbuzada, depois começou a fazer geléia, doce em calda, etc.. Logo em seguida foi realizado o debate e as considerações finais, finalizando o evento.

*Acadêmico do curso de História licenciatura pela Universidade Federal de Sergipe.
Fonte da imagem :  http://eventogrupam.blogspot.com.br/

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